Labirintite é um termo frequentemente utilizado para descrever crises de tontura. Nós, otorrinolaringologistas, preferimos usar o termo “tontura”, com a labirintite sendo um diagnóstico diferencial. Quando um paciente relata uma crise de labirintite, a Dra. Cristiane Ikebe, especialista em labirintite, avalia se ele realmente teve uma crise de tontura.
Ao longo da vida, podemos experimentar crises de tontura devido a inflamações virais no nervo vestibular, que transmite informações do labirinto ao cérebro, ou por doenças metabólicas, como diabetes e problemas na tireoide, que podem desencadear crises de tontura.
Como identificar a causa da labirintite?
Existe um exame realizado no consultório do otorrinolaringologista para determinar o tipo de tontura. Além disso, são solicitados exames laboratoriais e de sangue para identificar a causa da tontura. Em crianças, geralmente não são necessários exames complexos.
Labirintite tem cura?
Depende muito da causa. Se a tontura for causada pela saída de cristais do ouvido, pode ser curada com uma manobra realizada pelo otorrinolaringologista. Se a tontura for decorrente de problemas metabólicos, é necessário controlar esses problemas para gerenciar a tontura. O acompanhamento é essencial, pois as causas são variadas.
Em crianças, a tontura pode se manifestar como mal-estar ou dor de cabeça, exigindo atenção. Dependendo da faixa etária, a criança pode mudar seu padrão de brincadeira, tornando-se mais quieta. Uma criança que sempre gostou de jogos eletrônicos pode perder o interesse.
As crises de tontura são muito variáveis e podem ser intensas, exigindo que o cérebro se adapte ao “novo normal”. Após uma crise aguda de tontura, o cérebro compensa, mas isso pode levar até uma semana.
Pessoas com labirintite, de modo geral, podem se beneficiar da redução de açúcar e estimulantes, como cafeína e chocolates. A cafeína é um potente estimulante do sistema nervoso central, então, se você tem tontura, é melhor reduzir seu consumo até obter um diagnóstico da causa da tontura.